quarta-feira, 12 de maio de 2010
Porteiro relata rotina de trabalho com calor em Porto Alegre
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Termômetro de rua marca 40°C no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre Foto: Luís Felipe dos Santos/Terra
Na última semana, termômetros de rua marcaram 40°C no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre
Foto: Luís Felipe dos Santos/Terra
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Hermano Freitas
Por volta das 5h30, quando pega o ônibus diário para trabalhar em Porto Alegre, o porteiro Roberto Pérez Pinto, 49 anos, tem um aperitivo do que será seu dia. Com o motor do veículo em plena atividade, ele calcula que a sensação térmica alcance 30°C mesmo antes do céu clarear. "O calor está demais, isso não é mais verão, é o clima do planeta todo desregulado", afirmou.
Na cabine em que dá plantão, na portaria de um condomínio do bairro Bela Vista, região nobre da cidade, a situação só piora. O motor do ventilador, constantemente ligado, aumenta a temperatura no ambiente. "Parece um secador de cabelo ligado bem em cima da cabeça."
O período mais crítico do dia são as horas após o meio dia. O sol a pino torna o ambiente insuportável, mas não é possível se ausentar do posto. "Só posso sair quando a rendição chega, perto das 13h." Até o almoço é ingerido dentro da atmosfera tórrida da cabine.
Para tentar amenizar o suplício, constantes banhos de água da torneira. Que sai quente. Os dois litros de água consumidos também são bebidos na temperatura ambiente, pois não há geladeira no local. Resta apenas torcer pela passagem rápida da estação. "Passo mal uma barbaridade com o calor, rezo sempre para que chegue o inverno.
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